A máxima que dá título a este artigo é bradada, comentada e curtida aos quatro cantos do LinkedIn como um slogan do mundo ideal do recrutamento nas empresas, sobretudo as grandes. Eu concordo com esta frase e busco, de verdade, segui-la nas contratações que faço na Recolokey.
Acontece que, assim como todas as frases de efeito, ela pode permanecer apenas na retórica e, aí, perde o sentido, se esvai e passa a não significar mais nada. Digo isso com a experiência de quem trabalha há anos, direta e indiretamente, na área de Recursos Humanos; e não o faço de maneira a criticar e, sim, propor uma reflexão – minha inclusive – em relação a este tema.
Cada vez mais, as vagas pedem perfis mais restritos, com competências específicas, onde não há margem para “vou me aperfeiçoar nesta tarefa ou, eu aprendo fácil”. Neste cenário, a inventividade e a capacidade de aprender e aplicar novas práticas, muitas vezes são qualidades que não são valorizadas no momento da entrevista.
A experiência e a expertise em relação à função ou atividade ainda são o carro-chefe no momento de uma contratação. Não digo que está errado, pelo contrário, mas tenho para mim que o equilíbrio é a melhor alternativa. Aliás, sempre é.
Candidatos sem experiência, recém-formados ou já com uma longa trajetória profissional. A falta de oportunidade para se aprender uma nova atividade atinge pessoas de todas as idades. Ou o profissional está “cru”, “verde”, ou está velho demais para assimilar uma nova tarefa. Essa é a minha percepção.
Reitero que escrevo este texto, não em tom de crítica, e, sim de reflexão. Será que estamos praticando o que dizemos e o que escrevemos nas redes sociais, ou só seguimos no modo automático tentando ficar “bem na foto? Viu que eu me incluí. Todos devemos nos atentar a esta questão de oportunidades para quem está disposto a aprender e mudar, já que a vida é feita disso: aprendizado e mudanças