Você está sendo desligado. Quando o líder, gestor ou profissional de RH emite essa frase, por mais desagradável que seja, sua vida profissional segue, com uma porção de demandas que o fará esquecer rapidamente da situação delicada vivida há meia hora atrás.
Agora, do outro lado da mesa, está uma pessoa atônita, com um sino badalando na cabeça e sem entender exatamente o que está acontecendo ali. Quando cai em si, percebe que está sem emprego, e tendo que preencher documentos sobre sua demissão. É hora de guardar suas coisas, cumprimentar os que ficam, ouvir palavras de solidariedade e explicar o que, no momento, não pode ser explicado.
Aí, após contar a infausta notícia em casa, é hora de se recompor, juntar os cacos e partir para outras. Mas, acontece que na prática, a teoria é outra já que cada um recebe e responde diferente a este acontecimento. Uns se reerguem rapidamente e outros demoram muito, passando por momentos tortuosos e até depressivos.
Considerando este contexto, é necessário que os recrutadores, líderes ou quem realiza o desligamento, se atentem às dores do colaborador desligado. Ao fazer isso, eles estão realizando o desligamento humanizado, que nada mais é o desligamento realizado com a tomada de alguns cuidados no momento da demissão. Cuidados esses que vão desde uma reunião bem elaborada, explicação fundamentada sobre a demissão, até o apoio para a recolocação deste ex-colaborador.
E saiba que desligamento não é sinônimo de cancelamento. O ex-colaborador que hoje foi desligado, muito possivelmente já fez muito pela empresa e poderá fazer muito mais em outras companhias. A vida segue e cabe a nós remover os obstáculos na medida do possível.