É comum que, ao ser desligado, o ex-colaborador carregue consigo o peso da demissão e de tudo o que ela representa: derrota, fracasso, incompetência, impotência e mais outros substantivos nada simpáticos ou lisonjeiros. Já vou logo dizendo: eu não concordo e não acredito nessas designações, muito pelo contrário, pois sei que a demissão não define exatamente quem é o profissional. Voltemos ao caminho escuro para, após, enxergarmos a luz no fim do túnel.
Sim, o sentimento negativo e o período de “luto” após a perda de um emprego é natural e até saudável mas, desde que seja por um breve período. É como diz aquela música do Frejat: “quando ficar triste que seja por um dia, e não o ano inteiro”. Depois disso, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.
Neste período em que a pessoa está com a autoestima abalada é fácil acreditar que, certamente, toda a culpa pelo desligamento é dela. E, é? Não é possível saber, mas, o que posso dizer é que, muitas vezes a resposta é “não”. E, se for, de que vai adiantar lamuriar-se e penalizar-se por algo que já passou?
Crises econômicas, reformulações, trocas de comandos… são tantos os fatores que podem resultar em demissões. E, vamos combinar, a pandemia da Covid-19 chegou para atrapalhar de vez o cenário da empregabilidade. Sendo assim, não há motivos para lamentações. Tome fôlego, prepare-se e vá em frente. Agora é a hora da retomada e o momento ideal para se alcançar a recolocação.
As experiências profissionais são importantes para sabermos em quais pontos podemos evoluir e quais devemos ressaltar. Fora isso, não há porque olhar pra trás e, muito menos, espaço para culpa. A vida é surpreendente e, certamente, você terá boas surpresas no campo profissional. Acredite!